sexta-feira, julho 01, 2011

I miss you ♪


                   Eu andava pela calçada, lembrando de algumas coisas. Uma amiga hoje mais cedo havia me feito a seguinte pergunta: '' Por que as pessoas morrem? ''  , eu não soube responder, só sorri com lágrimas nos olhos.  Eu creio que quando elas se vão, elas fazem um ato bonito de deixar espaço para mais alguém.  Enfim, eu andava me perguntando por que o meu avô se foi.    Fui interrompida por um ruído, na verdade pela buzina de um carro.  Minha vó apertou minha mão como se eu fosse uma criancinha, e me puxou pela mesma para atravessar a rua.  Não fiz nada, só fui guiada.      
                   Subindo as escadas, percebi logo aonde iriamos: Um salão.   Um lugar idiota, em que mulheres vão para ficar bonita, fofocar e enfim, eu vou pra dormir.  Minha vó gritou a moça de dentro, para abrir pra nós e logo ela veio com cabelos longos, virtuosos e cheios ao vento para abrir o cadeado.  Sorrimos, cumprimentamos uma as outras e então me sentei enquanto esperava minha avó fazer o que tinha que fazer naquele lugar.  Pequei o Ipod e cliquei na primeira música que meus olhos avistaram:  Slipped Away - Avril Lavigne  ,e então comecei a cantar a música, baixinho, silenciosamente, com só os lábios mexendo para acompanhar. E nisso algumas memorias me vieram em mente... Aquelas memorias do meu avô, indo embora, para sempre, na minha frente.  Eu tentava secar as intrusas lágrimas que caiam pelo meu rosto, rapidamente para nenhuma daquelas fofoqueiras do cabeleireiro perguntar o motivo e vir em minha direção para saber da minha vida, como sempre tentam fazer.        Apertei as pálpebras, aos poucos até meu olho castanho-escuro quase preto sumir totalmente, fechei os olhos com força e então senti um frio... Um arrepio, algo que eu jamais poderia descrever.   Algo como um abraço, um aperto, um carinho.  Eu sorri ainda de olhos fechados, e me encolhi querendo apreciar mais aquele majestoso abraço.   Eu não estava ficando louca, era o meu avô, em espirito, me consolando, me dando amor como ele sempre fez.    Eu acho que até pude o ver por alguns segundos, é, poucos segundos:     Ele estava lindo, com algum tipo de túnica branca... Ele parecia um anjo, um belo anjo, o anjo mais lindo dos céus em forma do meu avô.  Pena que não bastou muito, só me restou abrir os olhos para perceber que ele tinha fugido, que o abraço havia acabado e que eu estava totalmente em lágrimas.


                    
Camila Albuquerque.
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